Pular para o conteúdo principal

O Início da Jornada - Os Pajens


Os Pajens Paulina Tarot
Paulina Tarot


Dando início à nossa jornada na vida, após o primeiro choro, quase tudo é aprendido. Aprendemos a pedir por comida, a pedir carinho, aprendemos a dormir, falar, andar e tantas outras coisas. Às vezes somos autodidatas, as vezes precisamos de orientação. Alguns de nós aprendem a sair da Terra, imagine. Outros aprendem a entrar em si. Não é todo mundo, sabia? Devia, mas não é! Devia porque facilita muito a nossa empreitada no decorrer do nosso caminho. Conhecer-se é fundamental para que saibamos de fato o que é importante pra gente, o que podemos mudar, como reagimos e por aí vai. Mas enfim…. Tudo tem início no aprendizado.

Quando pensamos então em aprendizado, remetemos à infância, época de descobertas, mas também uma época marcada por uma falta de maturidade ao encarar as coisas. Tudo é novo, e muitas vezes não sabemos reagir a isso. É uma fase também de treinamento, por que não, para a vida adulta. Afinal, tendemos a repetir padrões que interiorizamos na infância.
No Tarot, quando pensamos nessa época, remetemos aos Pajens. Tais cartas simbolizam a infância, a falta de maturidade, a dificuldade de entendimento do mundo em que vivemos. Por conseguinte, também marca uma etapa da vida muito propícia para o crescimento, desenvolvimento de habilidades e expansão.

Mas por que os Pajens? Porque na Idade Média era comum filhos de famílias nobres, ainda crianças, serem retirados em treinamento para serem cavaleiros. Precisavam desenvolver as habilidades requeridas a custo de muito treinamento. Tinham contato com todas as funções que eram "suporte" do Reino. Precisa limpar o fosso, chama o pajem. Precisa carregar peso, chama o pajem. Vai sair em missão, leva o pajem também. Eram tarefas chatas, menos nobres, por assim dizer. Mas que permitiam um treinamento completo (alô galera do RH, olha o job rotation aqui!). Ao final deste treinamento o pajem já fazia tudo muito automaticamente, e seu comportamento esperado já havia sido forjado. Os hábitos haviam se enraizado.

Assim como no mundo real, no Tarot, o Pajem é aquele que está iniciando sua jornada naquele reino - o naipe de seu elemento.É ele quem está em treinamento e em contato com a energia de maneira mais incipiente.  A ele é permitido todos os deslizes que uma criança comete quando está aprendendo uma tarefa. Dele é de se esperar ingenuidade, excitação, imaturidade.
Nesse contexto, os Pajens estão aprendendo os caminhos daquele naipe, do seu reino. Veremos adiante o que cada um está aprendendo, o que representam, o que nos dizem. Espero que ao término dessa jornada você consiga identificar em você o seu "estar" pajem. Porque nunca deixamos de aprender, lembre-se disso! E que você consiga, com ele, aprender a desenvolver as habilidades necessárias para dar um próximo passo na sua vida!

Bjs da Ju

PS: Não deixe de acompanhar nosso Instagram, Facebook e canal do YouYube!

 📷   instagram.com/ascartasmagicas

🔎   facebook.com/ascartasmagicas

 📺    bit.ly/2Dlsj8b

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tarot e Letras Hebraicas - Escola Francesa x Escola Inglesa

O Louco - Tarot de Marselha x Tarot Rider Waite Se você já estuda Tarot, deve saber que há uma discussão sobre a correspondência das letras hebraicas com os Arcanos do Tarot, em especial os Arcanos Maiores, visto que 22 também são as letras do alfabeto hebraico. O alfabeto hebraico teve sua origem, acreditam os judeus, nos tempos de Moisés, aquele que recebeu os mandamentos no Monte Sinai, e no seu original não havia vogais, todas as letras eram consoantes, o que tornaria impossível de ser falada atualmente! É interessante notar que essas letras tanto serviam como letras, exprimindo sons, mas também poderiam representar números e ideias. "Na numeração hebraica, são utilizadas vinte e duas letras do alfabeto hebraico, colocadas na ordem de acordo com o alfabeto fenício do qual elas derivam. Assim sendo, as nove primeiras letras (de Aleph a Tet) referem-se aos nove primeiros números; as nove letras seguintes (de Yod a Tsadé) são associadas às nove dezenas e as quatro últimas letras ...

Deusa Bast ou Bastet - a deusa egípcia da fertilidade, magia, dança e alegria.

Bast ou Bastet O mito por trás dessa Deusa gata, mansa, é que antes de sua existência, ela era Sekhmet, sua versão leoa e sanguinária. Aliás, o termo mansa para designá-la é relativamente recente, pois antes a deusa era entendida como uma versão de gato selvagem do deserto, não domesticada, conferindo a ela um papel de proteção, dos lares, do Faraó e de suas batalhas. Hoje em dia costuma-se dizer ambas são consideradas gêmeas, as duas faces de uma mesma moeda. Os gatos eram muito reverenciados no antigo Egito, eram inclusive mumificados em pirâmides, junto dos governantes. A eles eram conferidos os títulos de protetores - em parte porque faziam a regulação do ambiente onde viviam, exterminando ameaças como roedores e cobras que apareciam em busca dos alimentos estocados, e poderiam ferir ou transmitir doenças. Sekhmet, deusa leoa, sedenta por sangue, teria sido apaziguada por Thoth, que lhe ofereceu vinho, ao invés de sangue (algumas versões contam que foi leite, outras cerveja). Inebr...

Tarot - A Torre e Dez de Espadas

  Como lidar com cartas tão negativas numa tiragem e como dizer isso para outra pessoa Se você já passou por essa situação, sabe o quão difícil pode ser, mas quem sabe não podemos tirar algo de positivo no meio disso tudo? Tradicionalmente as cartas da Torre no Tarot e o Dez de Espadas são muito temidas. Falam de algo abrupto que se vai, contra a nossa vontade inicial. Momentos de Torre são muito parecidos com uma situação de estar numa panela de pressão - dentro da panela a pressão fica tão intensa que não há outro jeito, senão soltar vapor pelas válvulas. A agitação ali dentro é tão grande e não há outa forma de resolver, senão essa estratégia. De maneira muito parecida acontecem os momentos de Torre marcados pelo Tarot. Ainda que muitas vezes a gente não reconheça! Quando ela parece, de súbito, destrói o que quer que estivesse nos mantendo numa situação mais confortável, porém improdutiva, na maioria das vezes. Ela vem como um raio que nos sacode e nos marca para sempre! Não, nã...