Análise Brasil - Junho
Método Cruz Celta
Ainda não será dessa vez. Para junho as coisas ainda estão muito enevoadas, um clima de abatimento e apatia em todas as estruturas.
A Sacerdotisa representa a inércia, o silêncio e acima dela urje a necessidade de mudança, o Julgamento é o clamor de que as coisas se resolvam, é o julgamento de fato das pessoas, das situações. É romper com o passado e abrir-se para o novo. Mas que novo? O novo velho-novo?
Para olhar para o futuro precisamos olhar para o passado, para os alicerces, os fundamentos. Na base disso tudo, encontramos o 7 de Copas. Uau! Tantas possibilidades... Mas dentre tantas, uma precisou ser escolhida. Não podemos dizer que não havia escolha. Havia. Havia muita. E para cada escolha, uma consequência. Afinal, colhe-se
o que se planta. E não há porque esperar plantar sementes mofadas e sua colheita ser de safra premium. Dá para entender o descontentamento do rapaz no 7 de Ouros, dá pra ser empático, mas não dá para dizer que não era esperado. Se ele não está satisfeito com seus frutos, precisa pensar um pouco mais na sua semeadura. Fico pensando aqui se ele não acha que de fato isso é só um grande engano... Não, não é.
Quando ele olha para o futuro, ele pensa na Temperança. Ele imagina um caminho do meio. Ele imagina que dar mãos aos que outrora eram "os outros" adiante alguma coisa. Será que ele sabe que para seguir no caminho do meio, ele precisa, também, abrir mão de um pouco de si? Será que ele compreende o peso do tempo?
Cheio de sonhos, esse rapaz, preso ali no 7 de Ouros, imagina um mundo onde ele teria feito melhores escolhas. Ele olha pra cima e percebe o futuro. O legado de suas ações. O Dez de Ouros tão sonhado. Não sei se ele terá as mesmas cores, o mesmo ouro... Apenas sei que ele é o marco que diz que para tudo que plantamos, teremos uma colheita.
Ele pode ser um sonhador, um mercante, esperto. Ainda se vê como alguém que pode mudar o rumo das coisas. Se vê como um trabalhador devoto. Incansável. Que não para até chegar ao fim. Mas não percebe que à sua volta, seu patrão imerso no seu mundo imaginário, entretido com seu brinquedo novo, não quer saber de mais nada. Está apaixonado por si. Pelo seu brinquedo. E pode machucar quem ousar entrar em seu caminho. Pode machucar quem ousar retirar-lhe a taça onde ele carrega seu bichinho de estimação. Que está confinado. Preso. Bloqueado. Nadando em círculos. Ora tenta escapar, dando pulos pelo ar... Mas é árido o que lhe cerca. E o pulo pode custar a vida.
Quando ele, o rapaz, olha para o futuro, ele percebe que o que lhe nutre esperança, é o mesmo que causava medo. É necessário começar do começo. Não há atalhos. Precisa educar. Se educar. Aos outros. Precisa voltar para a aula onde se aprende a escolher as sementes. Precisa aprender a plantar. Precisa cuidar para as pragas não tomarem a plantação. Precisa estar de olho. Precisa conhecer de cabo a rabo todo o processo: da semeadura à colheita. E para isso, precisa sentar no banco da escola de novo.
Enquanto isso, ele vive de migalhas. Sua plantação não rende o esperado. Precisa de ajuda. Tão grande e magnânimo, ele precisa ajoelhar. Pedir. "Clemência! Olhe para meus filhos."
Nada de novo sob o Sol. Aguardemos os tempos. São longos. No fundo do baralho, A Justiça. Precisaremos depositar nos homens nossa fé. Talvez um prenúncio do que nos aguarde.
Paz e luz para todos!
Bjs da Ju
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