O Karma e o Tarot
Vejo frequentemente uma discussão sobre Arcanos Kármicos, inclusive alguns autores citam em suas obras, mas nunca com um consenso sobre o que é, de fato, um Arcano Kármico. Criam tabelas, discorrem de algumas qualidades, mas nunca há um consenso.
Portanto, o objetivo deste texto parte sobre um entendimento do que é o Karma, como funciona e a partir daí tentar entendê-lo dentro de um contexto do Tarot. Afinal, você já deve ter ouvido aquela frase famosa: "Karma is a bitch"!
Mas é assim mesmo?
Karma é um conceito espiritual que versa com a lei da física: ação e reação, bem como com o princípio hermético: “o que está acima, está abaixo”. Para cada ato que fazemos, uma resposta, que pode acontecer nesta ou outras vidas, e serve para que aprendamos algo, alguma lição. Individual ou coletivamente.
Até que consigamos evoluir e nos libertar desse ciclo contínuo de aprendizado, estamos presos à Roda do Samsara, que é a roda da vida tibetana, ciclo de morte e renascimento sucessivos, onde o objetivo é atingir um estado de iluminação, o Nirvana, e se aproximar da divindade.
Partindo disso, entendemos que o karma é liberado através de conscientização, aprendizado e por meio de ciclos contínuos.
Mas como falar de Karma no Tarot?
Devido a definição de Karma, podemos ter alguns insights em relação ao tema durante as tiragens, tais como: repetição de arcanos, muitos arcanos maiores em método americano e o contexto que o consulente traz, como situações de sofrimento extensos e contínuos. Até porque apesar de karma benéfico existir, nunca ninguém questiona o momento de “sorte” abrupta, não é mesmo?)
No entanto, há de se atentar ao seguinte: se o karma obedece a uma ação de lei de ação e reação, então todas as situações, encontros e desencontros, são relacionados a ele, ou seja, tudo é karmático. O que não é desculpa para aceitar sofrimento imposto por outrem.
Independente do seu entendimento sobre uma situação kármica na sua vida ou do consulente, ou de terceiros, nada justifica o incentivo à permanência em situações assim, para se pagar nada, ainda que cada caso deva ser avaliado individualmente.
Se o relacionamento é abusivo, desapega, procura ajuda, mas não, não se apegue a ideia de que precise aprender alguma coisa naquele relacionamento! Foque que talvez o aprendizado esteja justamente em sair de situações assim, ou seja em aprender a pedir ajuda, mas não, não tente educar o agressor, não acredite que você será a responsável pela grande mudança da vida de quem te açoita, principalmente.
Dito isso, alguns autores elencam alguns arcanos como sendo cármicos, ou seja, arcanos que aparecem em um momento decisivo, onde as realizações e feitos são governados por uma força espiritual. Ou seja, indicam momentos onde o consulente já não tem domínio sobre o curso das coisas, devendo aguardar a ação do karma na sua vida - em bom português: colher o que plantou.
Veja bem, o conceito de karma já engloba isso, mas nesse caso é como se a tal força espiritual estivesse aparente. Podem servir como alerta ou indicar urgência na correção das condutas individuais de cada um.
Mas quais são os ditos Arcanos Cármicos?
São eles:
A Justiça - Nada mais explícito em relação à causa e efeito, não é mesmo? Portanto parcimônia, cuidado com as atitudes, cautela com ações e falas.
A Justiça |
Roda da Fortuna - Aceitação de que as coisas iniciam e acabam num girar sem fim, sem que tenhamos, muitas vezes, controle sobre tais movimentos.
Roda da Fortuna |
A Temperança - Proteção espiritual, paciência para se chegar a um acordo.
A Temperança |
A Torre - Dissolução do ego, correção dos erros causados pelo livre arbítrio.
A Torre |
O Julgamento - Encerramentos e acolhimento de novos cenários, mediante a aceitação de uma nova realidade, novos parâmetros.
O Julgamento |
Independente da sua crença sobre karma, todos esses arcanos nos colocam para pensar em relação às nossas atitudes, o que plantamos, o que estamos dispostos a plantar e claro, a colher.
Ah, Ju, mas toda vez que sair A Justiça no meu jogo se trata de uma situação kármica?
Sim e não.
Sim porque A Justiça sempre vai representar o momento em que somos confrontados com o peso de nossas atitudes, e partir disso teremos nossa retribuição.
E não, porque numa leitura simples, muitas vezes cotidiana, essa Justiça pode falar sobre você ter ido dormir tarde, perdeu a hora de levantar e com isso perdeu sua carona. Bem, isso com certeza é fruto de uma escolha, mas certamente não é isso que você pensa quando elabora um método ou questionamento sobre karma, não é mesmo?
Pois bem, essas são minhas considerações sobre o assunto Karma e Tarot e gostaria de saber o que você acha disso tudo.
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Bjs da Ju
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