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Hell - ou Hela ou Hel - A Deusa do Submundo 2/5

Hell - deusa do submundo
Deusa Hell

  


Hell, deusa nórdica, filha de Loki com a feiticeira Angerbotha, irmã de Jormungand, a grande serpente de Midgard e do lobo Fenris.


Depois de nascida, Odin a enviou para o submundo, dando-lhe o governo dos nove mundos para os quais quem morria por doença ou idade avançada era enviado. Cada mundo tinha sua atribuição: desde paraísos até o que chamamos comumente de inferno.


Seu nome foi usado na mitologia cristã como o lugar para onde os pecadores seriam enviados, Hell - Inferno, no entanto, essa deusa era justa e concedia conforto conforme o peso das atitudes de quem era encaminho aos seus aposentos.


Para alguns, de fato, vinha a tormenta. Para outros, o conforto.


Hell representa o aspecto da morte - e da transformação. Um elo entre a vida e a morte.


Ainda que de imediato podemos nos afastar desse aspecto da Deusa, há de se entender que não há vida sem morte - algo sempre deve morrer. E é sábio entender isso.

Além disso, essa face da deusa nos recorda mais uma vez da dualidade: a Grande Mãe que nos gera, também é a mesma que nos sufoca no túmulo. E mais uma vez nos acolhe e transforma.


Sim, assuntos difíceis, mas que não podemos escapar.


Mas o que significa Hell?


Seu nome significa esconder/escondido - e é mais ou menos o que tentamos fazer com esses assuntos. As mortes com as quais nos deparamos a longo da vida.

Sejam físicas, sejam daquilo que nos sustentam e circundam.


Ela recolhia os famintos, os doentes, os perdidos em desamparo e os levava para o seu castelo. Seu salão chamava-se Miséria, sua porta Obstáculo e as cortinas de seu salão, fardos resplandecentes.


Como guardiã do submundo, muitas vezes é acessada por quem tem interesse em contactar tais planos.

Quando aceita o pedido, aparece geralmente em sonhos.

Sua face, metade jovem e bela, metade decomposta, um esqueleto, lembra a frugalidade da vida. Os tempos e o todo.


Sua grande lição reside no sentido de impermanência da vida e como todos são iguais perante a Morte


Ao encará-la, lembremos que diante dela, todos somos iguais. Todos temos um esqueleto por debaixo da nossa pele. Esqueleto que um dia será exposto. Beijar a sua mão a sinalizará que você aceita o fluxo da vida, e ela poderá te permitir adentrar em seus aposentos.


Ao voltar para o útero da mãe terra, é possível encontrar o conforto e cura das nossas feridas.



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