Se liga na missão, rapaziada, hoje o papo é muito sério! Em tempos de Setembro Amarelo, precisamos conversar uma coisinha:
O Tarô é lindo, ferramenta maravilhosa, que eu amo e me dedico, mas precisamos ter atenção com algumas coisas, e vim aqui falar de uma coisa importante.
Vemos por aí uma enormidade de serviços sendo vendidos como Tarô Terapêutico, aquele que te guia ao autoconhecimento - e desde que você saiba o que é essa modalidade, ok! Ainda que o nome pareça tendencioso. Geralmente quando falamos em Tarô Terapêutico falamos sobre o viés aconselhador, de priorizar o entendimento do momento presente, orientando o consulente no que diz respeito às suas questões, orientando a sua jornada de “iluminação” e claro, projetar o futuro com base no agora, sinalizando os possíveis reveses desse caminho. Também muitas vezes a palavra autoconhecimento é usada solta, mas devemos ter em mente que esse processo é individual e pode ser orientado sim, pelo Tarô, mas geralmente quem o usufrui é o estudante, o interessado. Para um grande número de pessoas, o tarô é só para orientar quanto a um aspecto presente, para saber determinada coisa, enfim, sem compromisso com o processo contínuo de autoconhecer-se.
Quando o consulente sai do atendimento oracular terapêutico, ele possui uma lanterna para guiar esse caminho que está sendo trilhado. E sim, muitas das vezes as questões são de tamanha relevância que demandam reflexão sobre tudo o que foi dito, mudança de atitudes… Coisas que não são tão simples como girar uma chave, na maioria das vezes. Em alguns momentos o consulente sai com outras mais questões do que chegou!
Um bom atendimento geralmente faz tão bem, que o consulente acaba voltando, com mais pontos, mais assuntos a serem esclarecidos, busca por mais orientação. Ótimo!
Maaaasssss… Tudo tem seu propósito e escopo! A não ser que o seu tarólogo seja psicólogo, terapeuta habilitado, algumas questões devem ser tratadas por outro profissional: o psicólogo/terapeuta. O seu atendimento com tarô não substitui o acompanhamento por esses profissionais em alguns casos. E é importante que o profissional taróloge tenha essa sensibilidade: saber onde parar! Quando o momento é o de indicar outra abordagem.
O assunto é sério! Não se confunda!
Para você tarológe, atenção! Alguns casos precisamos orientar sim a procura por auxílio terapêutico especializado!!!
Para você, consulente, saiba que o Tarô é uma ferramenta maravilhosa, mas como muitas, encontramos limitação.
O Tarô pode ser uitlizado como ferramenta terapêutica?
Sim, o tarô pode ser usado em atendimento terapêutico sério, por profissionais da área (psicologia e afins) - mas geralmente a consulta não tem o viés adivinhatório.
Você será sempre bem vindo para conhecer as orientações do Tarô! Para conhecer e utilizar as orientações e aconselhamentos desse livro mudo, mas que diz tanto… . Mas não levando gato por lebre! Percebem a diferença?
Portanto, nesse mês de conscientização, acho relevante trazer esse tema. Não acho que o uso do termo Tarô Terapêutico seja feito de má fé, mas de alguma forma precisamos estar atentos ao que de fato o termo representa, e deixar isso claro para nossos consulentes, afinal, lidamos com as emoções, expectativas e sentimentos dos outros - responsabilidade e empatia.
É necessário saber até onde conseguimos ajudar, e onde se inicia uma limitação que várias vezes é nossa mesmo, por formação! A escuta profissional de um terapeuta é como disse: PROFISSIONAL. Ele estudou por anos antes de sentar na frente do paciente.
E não é substituída com a escuta de um desabafo (que é ótimo, mas nem sempre resolve), nem pelo atendimento com Tarô.
Combinados?
Me contem!
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